Quando se fala em Disney hoje, todo mundo consegue lembrar de uma das maiores empresas de entretenimento do mundo, multimilionária, dona de vários parques de diversões, cujo emblema é um rato… mas nem tudo foram flores! O sucesso atual dessa empresa maravilhosa é fruto de um trabalho árduo e persistente.
Todo mundo conhece nem que seja uma animação dessa franquia maravilhosa, mas VOCÊ sabia que essas histórias fazem parte de diferentes eras!? Deixa eu tentar explicar melhor, DE PRINCESAS E CASTELOS MÁGICOS até SUPER HERÓIS E ANIMAIS FALANTES, tudo faz parte de “fases”. Fases nas quais todos os filmes têm detalhes em comum ou se relacionam com o contexto mundial da época em questão!
Agora que eu já enchi vocês com essa introdução enorme, vamos dar um passeio pelas diferentes eras da Disney!? DE 1930 ATÉ OS ANOS ATUAIS,
– PRIMÓRDIOS.
Desde o seu lançamento, a Disney já se mostrou uma indústria audaciosa, esbaldando todo o seu talento com uma leva de curta metragens. Esses curtas eram passados nas salas de cinema antes dos longas da época e já faziam um super sucesso com o público.
Franquias pequenas e clássicas surgiam aqui nesse período, como “Alice Comediam” (Inspirado nas histórias de Alice no País das Maravilhas que, mais tarde, iria se tornar um longa da empresa). Também foi aqui que personagens icônicos deram as caras, como foi o caso do Mickey Mouse, Pateta e Pato Donald.
– ERA DE OURO.
Já não é novidade que o cinema antigamente não tinha som, mas logo depois da descoberta desse marco, a Disney fez história se firmando como a primeira empresa que criou um longa animado com sons. Em 1937, chegava nas salas “Branca de Neve e os Sete Anões”, filme que já rendeu o Oscar Honorário para Walt Disney.
Por mais que seja uma era que marcou história e nos apresentou a filmes fantásticos, essa foi uma das fases que menos rendeu lucro para a Disney, já que era uma coisa voltada mais para experimentos. Os 5 primeiros filmes da Disney fazem parte da saudosa ERA DE OURO, são eles: Branca de Neve e os Sete Anões (1937); Pinóquio (1940); Fantasia (1940); Dumbo (1941); Bambi (1942).
– ERA DA GUERRA.
O evento que mexeu com todo o planeta, de várias formas diferentes, foi a 2ª Guerra Mundial. Conforme Hitler avançava na Europa, vários animadores tiveram que sair para servir ao exército e isso fez com que a qualidade e os orçamentos caíssem muito. Por conta de tudo isso, esse período da Guerra é o menos popular.
Culturalmente falando, foi uma fase muito boa pra Disney, pois aqui ela conseguiu expandir o seu trabalho para várias outras fronteiras, principalmente para o Brasil com o curta “Você já foi à Bahia?”, onde apresentava um história totalmente voltada para o nosso país, até com um personagem completamente brasileiro.
Alguns filmes dessa época são os clássicos: Alô, Amigos (1943); Você Já Foi à Bahia? (1944); Música, Maestro! (1946); Tempo de Melodia (1948); As Aventuras de Ichabod e Sr. Sapo (1949)
– ERA DE PRATA.
Depois do fim da Guerra, o mundo de fato tentava se recuperar de uma fase difícil e pesada que tinha acabado de passar, Walt Disney decidiu reformular totalmente a empresa, ele achava que era “hora de trazer leveza para o coração das pessoas”, e assim começa uma das fases mais consagradas do estúdio.
As princesas voltaram com estilo em “Cinderela (1950)” e “A Bela Adormecida (1959)”, a literatura era resgatada trazendo todo seu clamor com “Alice no País das Maravilhas (1951)” e “Peter Pan (1954)”, e, claro, não podiam deixar os animais falantes de fora com “101 Dálmatas (1961)” e a “Dama e o Vagabundo (1955)”.
Essa Era trouxe muito prestígio para a Disney, ainda mais se levarmos em consideração a quase falência do estúdio nos anos anteriores. Mas, infelizmente nem tudo são flores, pois ela ficou marcada pela morte da grande mente por trás do estúdio, Walt Disney! O último trabalho dele foi na animação “Mogli, O Menino Lobo (1967)”.
– ERA SOMBRIA ou ERA DE BRONZE.
Após a morte de seu mentor, a Disney entrou numa fase assustadora. Tentado se reencontrar, o estúdio sofria com as diversas mudanças que a GUERRA FRIA causava no planeta, as mudanças de estrutura nos longas não eram bem recepcionados e as bilheterias eram um fiasco.
Se pensarmos pelo lado positivo, essa Era mostrou o quanto a Disney lutou para tentar criar e voltar a produzir uma coisa grande sem o seu mentor. Os filmes que fazem parte dessa época são: Aristogatas (1969); As Aventuras do Ursinho Pooh (1977); O Cão e a Raposa (1981); O Caldeirão Mágico (1985); As Peripécias de um Ratinho Detetive (1986).
Somente “As Peripécias de um Ratinho Detetive” foi bem nos cinemas, os outros filmes foram uma decepção, sendo esquecidos pelo público – embora o Ursinho Pooh tenha deixado um legado que atravessou gerações.
– ERA DA RENASCENÇA
Depois dos dias de luta vêm as glórias, é assim mesmo o ditado!? Após o período turbulento, a Disney decidiu apostar suas fichas em histórias que trouxessem mensagens impactantes e positivas. Então, a partir desse momento nós somos apresentados a fase MAIS POPULAR de toda a franquia!
Nos anos 1990, a Disney, de fato, se reinventou, conseguiu encontrar a dose perfeita de conteúdos clássicos com toques de conteúdos sombrios, não é à toa que aqui o estúdio foi além com todo o prestígio.
Arrancando sempre dezenas de indicações ao Oscar, não existe uma pessoa no planeta que não conheça os filmes dessa época. Eu tô falando de longas clássicos que até hoje marcam história por causa de todo o legado deixado, animações como: A Pequena Sereia (1989), A Bela e a Fera (1991), Alladin (1992), O Rei Leão (1994) e Mulan (1998).
A Disney soube aproveitar tudo o que o mercado estava usando de melhor, então cenários mais realistas e pequenas adições de computação gráfica foram a chave do sucesso. Mas, claro que eu não posso deixar de citar que foi nessa época que Alan Menken e Howard Ashman, dois importantíssimos compositores, passaram a trabalhar para o estúdio.
– ERA EXPERIMENTAL.
Muita gente intitula essa fase como a SEGUNDA ERA SOMBRIA, pois vários filmes foram péssimos na crítica, mas eu prefiro afirmar que essa foi uma Era de experimentos. Com a virada do milênio, a Disney resolveu criar coisas novas e atingir novos públicos! É exatamente por isso que essa fase começa de uma forma espetacular, trazendo filmes como: Fantasia 2000 (1999); A Nova Onda do Imperador (2000); Lilo e Stich (2002).
Por outro lado, alguns filmes considerados por muitos os piores do estúdio começaram a surgir, como é o caso de “O Galinho Chicken Little (2005)”, “Bolt: O Super Cão (2008)” e etc. A Disney resolveu inovar novas técnicas, fazendo seu primeiro filme totalmente 3D com “Dinossauro (2000)”, técnica essa que futuramente foi ampliada com “A Família do Futuro (2007)”.
Nessa altura do campeonato, vocês devem estar se perguntando… MAS E A PIXAR!?
É claro, é claro! Já estamos no ano de 2008, com certeza no meio desse texto bateu a saudade de filmes clássicos como “Toy Story (1994)”, “Monstros S.A (2001)”, “Procurando Nemo (2003)”, “Os Incríveis (2004)”, etc….
Entretanto, esses filmes não pertencem à Disney – no papel -, e sim, a outro estúdio parceiro a PIXAR.
Trata-se de outro estúdio de animação, criado em meados dos 80 e especializados em longas 3D. Aos poucos eles foram ganhando espaço no mercado, e aí, fizeram uma parceria com a grande empresa do rato mais amado do planeta… a parceria consistia em a Pixar produzir as animações e a Disney distribuir, simples e eficaz!
Apenas em 2006 que a casa do Mickey Mouse comprou a Pixar, ou seja, muitos animadores começaram a transitar entre estúdios, de uma lado começou a surgir animações 3D, e do outro, surgiu princesas e animais falantes. Quem ganha com isso, claro, somos nós, com diversos filmes espetaculares surgindo a cada ano.
– A NOVA RENASCENÇA
Recapitulando, com a fase experimental da Disney a empresa sofreu algumas quedas de bilheteria, como é mesmo aquele ditado? TIME QUE TÁ GANHANDO NÃO SE MEXE! A empresa notou que era hora de trazer a alegria de volta, apostar mais uma vez naquilo que sempre deu certo, OS CLÁSSICOS.
O Estúdio contratou uma leva de novos animadores e roteiristas, foi aqui que surgiu um espetáculo de novas ideias. Começando em 2009 com a animação “A Princesa e o Sapo”, cada ano foi nascendo mais filmes inventivos e bonitos, “Detona Ralph (2012)”, “Frozen (2013)”, “Zootopia (2016)”, ‘‘Moana (2016)”, etc….
Além disso, o estúdio ficou cada vez mais interligado a Pixar (Não é à toa que desde 2011 só temos filmes em 3D) fazendo com que essa fosse a fase MAIS LUCRATIVA DA DISNEY, e olha que eu nem tô falando da adição com a MARVEL.
– A ERA DOS LIVES ACTION
Atualmente enquanto degustávamos a nova era renascentista, a Disney decidiu mais uma vez inovar, atingir novas fronteira, fazer LIVE ACTIONS (Filmes de carne e osso) de seus grandes trabalhos… Qual a ideia? A ideia é resgatar toda a magia de seus grandes clássicos para a nova geração!
“Alice no País das Maravilhas (2010)” chegou com tudo, a sua continuação “Através do Espelho (2016)” fez mais sucesso ainda, “Malévola (2014)” fez diversas adições na história clássica, “Cinderela (2015)” nos fez chorar novamente… “A Bela e a Fera (2017)”, “Dumbo (2018)”, “Rei Leão (2019)”, “A Dama e o Vagabundo (2020)”.
Eu não tenho nem palavras pra descrever o quanto é bom viver nesse momento, eu só tenho a agradecer a Disney por fazer parte da minha vida, e encantar milhares de pessoas pelo mundo. E posso te contar um segredo!? ISSO É SÓ O COMEÇO!
Então é isso, meus Dimensionautas! Curtiram esse passeio pelo incrível mundo que a Disney criou? Sem dúvidas uma história sensacional. Não esquece de voltar no post e deixar seu comentário, isso é muito importante pra gente. ATÉ A PRÓXIMA!
Por Rodrigo Aranha
Dimensão 11 | Nerd 